Aposentados e pensionistas do INSS podem ficar sem antecipação da primeira parcela do 13º salário
- jailsonsans
- 14 de ago. de 2015
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BRASÍLIA - Os aposentados e pensionistas do INSS podem ficar sem receber a primeira parcela do 13º salário, que desde 2006 é antecipada para os meses de agosto e setembro. Segundo fontes da equipe econômica, o governo não tem recursos em caixa para custear a despesa, no momento em que precisa ajustar as contas públicas.
Os Ministérios da Fazenda e da Previdência tentam encontrar uma solução até o dia 20, pois o pagamento dos segurados começa a ser feito no dia 25 de cada mês e vai até os primeiros dias do mês seguinte. Geralmente, o 13o é pago junto com o benefício.
A antecipação da primeira parcela do 13º precisa ser autorizada por um decreto, elaborado pela Previdência. Procurada, a assessoria de imprensa da pasta informou que não tem informações sobre o assunto.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), classificou como "mais um item do saco de maldades" da presidente Dilma Rousseff a possibilidade de atraso no pagamento de metade do 13º salário de aposentados e pensionistas. Sampaio afirmou que desde 2006, 50% do benefício é pago em agosto.
— O governo Dilma já reduziu direitos trabalhistas, jogou para o ano que vem o pagamento de parte do abono salarial e agora atrasa metade do 13º de aposentados e pensionistas, que contavam com esse dinheiro. Isso em meio a uma crise sem precedentes, com perda de renda das famílias, inflação alta e aumento no desemprego. Ou seja, os trabalhadores, aposentados e pensionistas levam um calote no momento em que mais precisam. São vítimas de um governo perverso e incompetente — disse o líder.
O tucano incluiu no "saco de maldades" o veto da presidente Dilma a proposta aprovada pelo Congresso Nacional que estendia a aposentados e pensionistas que ganham acima do mínimo o mesmo reajuste do salário mínimo no mês passado:
— Falta dinheiro para pagar o abono e a metade do 13º, mas não para bancar os 39 ministérios e os mais de 24 mil cargos de confiança. A estratégia é sempre a mesma: o governo empurra a conta da crise, pela qual ele é o grande responsável, para a sociedade, sobretudo para os que mais precisam.
Fonte:Oglobo.
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