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Câmara diz que MPF coletou apenas registros de Cunha e ex-deputada

  • jailsonsans
  • 20 de ago. de 2015
  • 3 min de leitura


O Centro de Informática da Câmara dos Deputados encaminhou ofício à Diretoria-Geral para informar que a diligência do Ministério Público Federal (MPF) realizada em maio na Casa para coletar os registros dos deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e da ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ) não extraiu os dados dos demais parlamentares.


Na diligência questionada por Eduardo Cunha, procuradores da República cumpriram ordem judicial do Supremo Tribunal Federal (STF) para coletar informações que pudessem esclarecer o episódio dos requerimentos apresentados na Câmara para, supostamente, pressionar o ex-consultor Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, a pagar propina a Cunha e ao PMDB.


Camargo disse que foi pressionado pelo presidente da Câmara – na época em que o deputado liderava a bancada peemedebista – a pagar suborno de US$ 10 milhões para que a Petrobras contratasse navios-sonda da Samsung. Do total da propina, contou o delator, o peemedebista disse que era "merecedor" de US$ 5 milhões. O presidente da Câmara nega a denúncia.

Ao Ministério Público Federal, o ex-consultor da Toyo Setal afirmou que, sem ter recurso para pagar a propina exigida, Cunha o ameaçou com a apresentação de um requerimento naCâmara solicitando que os contratos dos navios-sonda fossem enviados ao Ministério de Minas e Energias e ao Tribunal de Contas da União (TCU). Os pedidos foram protocolados pela ex-deputada Solange Almeida, atual prefeita de Rio Bonito (RJ).

De acordo com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), na semana passada o presidente da Câmara informou aos líderes partidáriosque, na ocasião da diligência, o MPF fez uma devassa nos computadores de todos os parlamentares da Casa. Em nota encaminhada a Alencar, em resposta a um pedido de esclarecimentos do deputado do PSOL, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, respondeu que a acusação de Cunha é “inverídica” e “no mínimo leviana”.

Nesta quarta, o presidente da Câmara rebateu Janot e disse que iria provar que durante a diligência foram coletados dados de todos os 513 deputados no período de três meses. Ele acrescentou que essa informação foi passada a ele pelos oficiais de Justiça que participaram da diligência do Ministério Público Federal.

Cunha disse ainda que havia pedido à Diretoria-Geral da Câmara a certificação do que foi coletado do sistema de informática. Segundo ele, se, por acaso, ficasse demonstrado que estava errado, ele disse que responsabilizaria a pessoa que passou essa informação para ele.

“Eu já solicitei ao diretor-geral que me dê a certificação dos dados que foram coletados e nós vamos provar que, efetivamente, os dados coletados aquele dia eram de todos os deputados. Se ele desprezou ou devolveu os dados que não interessam não significa que, quando fizeram a busca e apreensão, não coletaram todos os dados”, enfatizou.

No ofício encaminhado à Diretoria-Geral da Câmara, o diretor do Centro de Informática explicou que, durante a diligência autorizada pelo STF, foram restaurados e disponibilizados, a partir de cópia de segurança, informações como data, hora e terminal de todos os usuários da rede de computadores da Casa. Em seguida, destacou o dirigente da Câmara, foram extraídos somente os registros de Cunha e Solange.

"A diligência foi conduzida pelo Ministério Público Federal e realizada por servidores da Casa, em equipamentos da Câmara dos Deputados, e nos estritos limite da ordem judicial. O resultado do processamento, que continha apenas os dados solicitados, foi gravado em mídia (CD), observando o devido sigilo. Foram feitas três cópias de mídia, tendo duas sido entregues à equipe de diligência e a outra anexada ao processo administrativo instaurado na Câmara dos Deputados", esclareceu o diretor do Centro de Informática à Diretoria-Geral.

Ao chegar à Câmara na manhã desta quinta-feira, Cunha não quis comentar o parecer do Centro de Informática sobre a diligência. “O documento, por si só, já é a certidão. Vocês tirem as conclusões”, disse o peemedebista.

'Polêmica' Depois de dizer que não comentaria o assunto, Eduardo Cunha mudou de ideia e falou com jornalistas sobre a versão que passou aos líderes das bancadas da Câmara. Segundo o presidente da Câmara, ele não teve a intenção de polemizar nem “contestar” diligência realizada na Casa pelo MPF ao informar que os procuradores da República acessaram dados dos 513 deputados, e não somente dele e da ex-deputada Solange Almeida.

“Não fiz isso com nenhum intuito de polêmica. Foi um comentário no colégio de líderes para justificar a contestação que eu fiz sobre a atuação da AGU, que foi feita fora de prazo, três meses depois. Foi no âmbito desse comentário, não foi para fazer polêmica, não foi para contestar”, justificou o presidente da Câmara.

Ele voltou a criticar o fato de o MPF ter solicitado uma ordem judicial para obter as informações, em vez de enviar um ofício à Câmara pedindo dos dados dos registros. “Bastava ter notificado e teria sido fornecido exatamente o que eles precisavam.”

 
 
 

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