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Vietnã baiano desafia os ciclistas da Brasil Ride 2015

  • jailsonsans
  • 20 de out. de 2015
  • 5 min de leitura

Segunda etapa da principal ultramaratona de MTB das Américas, neste domingo (19), terá 147km e trilhas de alto grau de dificuldade, como a que ganhou o apelido com o nome do país asiático.


Há 40 anos, o Vietnã deixou para trás os horrores da guerra para prosperar na paz. Distante cerca de 17 mil quilômetros de Hanoi, a capital vietnamita, o estado da Bahia também tem o seu Vietnã. E apesar de também ser um lugar pacífico, vai haver muita luta neste domingo (19). Localizado a 100km do município de Mucugê, o Vietnã baiano será o palco onde os ciclistas da Brasil Ride travarão verdadeiras batalhas, roda a roda, pela vitória da segunda etapa da principal ultramaratona de MTB das Américas. As armas serão técnica de pilotagem, preparo físico e muita garra no pedal para superar adversários e vencer os 147km até a cidade de Rio de Contas.

Na largada, a partir das 6h, começam a pedalar os bikers melhor classificados no prólogo, disputado na abertura da sexta edição da Ride Brasil, no domingo (18), em Mucugê. Por ser a mais longa entre as sete etapas da Brasil e Ride, em função dos 3.355m acumulados de ascensão e pela dureza do terreno na trilha do Vietnã - que ganhou o apelido em função dos trechos onde há uma lama preta, onde os atletas chegam a carregar a bike e, dependendo das condições, correm o risco de afundar os pés -, a segunda prova é considerada a mais difícil para os 500 bikers participantes de 23 países. A disputa deste domingo vai começar ‘light’, com 15km de asfalto, em um grande planalto. A partir do km 20 começa a descida de serra. É um trecho sem grandes dificuldades, mas como os atletas ainda estão muito juntos, a direção técnica recomenda bastante cuidado a fim de evitar acidentes. Sessenta e cinco quilômetros depois chega a hora de encarar o Vietnã, uma trilha de 14 km muito técnica, com trechos de subida com pedras, onde é difícil pedalar e, muitas vezes, é preciso descer para empurrar ou carregar a bicicleta. Desgastante e quente - os ponteiros costumam chegar por volta das 12h -, deve drenar a energia de muitos atletas. "Para os ciclistas de elite, é após o Vietnã que acaba acontecendo a grande disputa. A estratégia traçada por eles, temos percebido, é que tentam se manter juntos até o Vietnã, para não deixar o outro desgarrar. Depois de cerca de duas horas pedalando e empurrando a bike nesse trecho tão difícil, há o setor final, de cerca de 17km, onde acontecem as grandes arrancadas rumo a linha de chegada e costumam ocorrer grandes pegas", explica Rafael Campos, diretor técnico da Brasil Ride desde a primeira edição. Ricardo Pscheidt está na Bahia para sua quarta Brasil Ride e conhece bem o sofrimento para atravessar o Vietnã da Chapada Diamantina. "Você chega após 100km, sob o calor do meio-dia e, consequentemente, com um bom desgaste. Ano passado bateu 50 graus. Junte a isso muito single treck, muita trilha dura, algumas subidas íngremes e descidas técnicas. Ou seja, nem na descida você consegue descansar um pouco", conta o ciclista que, em 2010, no ano de estreia da Brasil Ride, chegou a ficar atolado até o joelho na lama. "Quando se chega ao final desse percurso, é até um pouco contrastante, pois a gente se acostuma com o terreno seco e, de repente, surge um barro preto. Lembra mesmo aquelas imagens do Vietnã. É como se fosse numa guerra, no meio do mato você encontra outras duplas, todo mundo meio que no limite das forças", completa. O alemão Simon Gegenheiner já correu três Brasil Ride e compartilha as sensações do colega brasileiro. "É realmente um percurso especial. Da primeira vez eu não sabia nada, consegui desenvolver bem a prova, imprimindo velocidade, mas quando cheguei ao Vietnã percebi que era uma parte muito dura, onde não se consegue ir rápido, e é preciso cuidar da sua bike, carregar ou empurrar. Sempre é preciso muita resistência física para sobreviver ao Vietnã, que merece o apelido que tem", afirma. Pscheidt resume bem a importância desse percurso. "Quem sai bem posicionado do Vietnã vai terminar bem a segunda etapa." Corte - Outra característica da segunda etapa é a inclusão de cortes. Por questões de segurança, há um horário limite para chegar à linha de chegada. Os bikers têm até as 17h30 para completar os 147km, porém, também há cortes intermediários em postos de hidratação (são quatro completos, com água, isotônico e frutas, e mais três exclusivamente com água). "Nós usamos ao máximo a janela de luz aqui na Chapada. O corte intermediário é o terror dos ciclistas, porque acontece logo após o temido Vietnã", completa o diretor técnico Rafael Campos. Homenagem - Na manhã deste domingo (19), foi realizado o Café da Manhã dos Guarinis. O evento reuniu os principais bikers da edição 2015 e homenageou os atletas que finalizaram três vezes a Brasil Ride, bem como os cilcistas da UCI (União Ciclística Internacional). "Guarini significa guerreiro e esse é um justo recenhecimento a esses competidores fantásticos, verdadeiros guerreiros. Além disso, trata-se de uma ótima oportunidade de confraternização", afirma Mário Roma, fundador da Brasil Ride. O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Carlos Geraldo Santana de Oliveira, e a secretária de Políticas para as Mulheres do Estado da Bahia, Olivia Santana, marcaram presença no evento. O secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte se encantou com o alto nível da Brasil Ride. "Esse é um exemplo de que somos capazes de fazer bons eventos aqui no Brasil. Esta é uma competição perfeita, com estrutura de primeiro mundo. Temos 23 países competindo nesse cenário maravilhoso da Chapada Diamantina, onde Deus preparou a natureza com essa arquitetura linda, e com os desafios naturais. Estou vibrando com essa disputa e dá até vontade de subir na bike e pedalar junto com os meninos", disse Carlos Geraldo Santana de Oliveira que, apesar de vir pela primeira vez a Brasil Ride, tem uma relação de amor, literalmente, com o ciclismo. "Gosto de pedalar. Nasci no interior da Bahia, na fazenda, e conheci minha mulher pedalando. Estamos juntos há 34 anos, então, a bicicleta deu bons resultados", acrescenta. Consciência ambiental - O projeto de Plantio de Mudas Brasil Ride 2015 mostra a preocupação da organização da competição com o meio ambiente. Devido à seca que predomina na região há meses, foram plantadas 20 mudas, sendo 10 em cada município, antes do evento, e outras 20 mudas durante a competição. O restante, mais 200 mudas, ficou reservado para a época das chuvas na região, que estão previstas para os meses de novembro e dezembro.


O plantio da Brasil Ride 2015 contou com a presença de Olivia Santana. Ela estava acompanhada de Andrea Roma, diretora da Roma Comunicação. "Fico muito feliz em ver o crescimento da Brasil Ride, um evento o qual apóio desde o início. E mais ainda com a preocupação com questões importantes, como o meio ambiente, e também a participação da campanha Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama, por meio de um passeio ciclístico", explica a secretária secretária estadual de Políticas para as Mulheres.

O projeto do plantio dá continuidade às ações relacionadas à coleta seletiva de resíduos, tanto em Mucugê quanto em Rio de Contas. Os resíduos orgânicos coletados no Brasil Ride 2014 foram encaminhados para a compostagem nos dois municípios, utilizados para o plantio das mudas (a compostagem é o método mais eficaz de tornar aquilo que é considerado resíduo em algo útil e totalmente aproveitável pela natureza. Por meio de metodologia adequada o resíduo se transforma em composto orgânico, um adubo rico em nutrientes e totalmente aproveitado e incorporado à terra nos mais diferentes tipos de plantio). Entre as espécies plantadas estão o Jacarandá-mimoso, Ipê-amarelo e Cedro-rosa.


Mais informações: Site: http://www.BRASILRIDE.COM Facebook: www.facebook.com/BRASILRIDE Twitter: @brasil_ride Instagram: @brasilride

Fonte: ZDL Comunicação

 
 
 

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