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Café de Piatã, na Bahia, é eleito o melhor do Brasil pela terceira vez
- jailsonsans
- 28 de out. de 2015
- 3 min de leitura

O café da família Rigno, no município de Piatã (Chapada Diamantina), na Bahia, sagrou-se pela terceira vez (a segunda consecutiva) como o melhor do Brasil.
O grão produzido por Antonio Rigno de Oliveira, na Chácara São Judas Tadeu, venceu o “Cup of Excellence – Pulped Naturals 2015”, concurso realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), em parceria com a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Alliance for Coffee Excellence e Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas).
Com 91,22 pontos na escala de 0 a 100 do concurso, o lote de Piatã superou as outras 44 amostras finalistas – de um total de 364 inscritas – e obteve a chancela de café presidencial, por obter nota superior a 90 pontos.
O segundo colocado foi um grão produzido por um integrante da mesma família: o produtor Cândido Vladimir, genro de Antonio Rigno.
A diferença de pontuação foi pouca,
tendo o café de Cândido ficado com 90,03 pontos, “isso por causa de um detalhe que não dá para saber, só os jurados”, comentou Cândido, cujo café também foi considerado como presidencial.
O prêmio foi entregue dia 17 deste mês em Poços de Caldas (MG).
“Uma premiação muito importante, não só para nós da família Rigno, mas para todos os cafeicultores de Piatã e por que não dizer da Bahia, pois é um prêmio de repercussão mundial que agrega bastante valor ao nosso café”, disse Cândido.
O café dele foi o vencedor do mesmo concurso em 2009 e 2014, ano em que o grão da família ficou também em segundo (o de Antonio Rigno) e terceiro lugar (o de Zora Yonara, nora de Antonio).
A produção de 2.000 sacas por ano ano da família Rigno é feita a cerca de 1.300 metros de altitude, numa área de 80 hectares que abrange três fazendas separadas, mas sem cercas.
O café da família Rigno é do tipo Arábica, variedade catuai.
“Sempre dizemos que não existe segredos ou receita. Simplesmente, trabalhamos duro, com dedicação e amor, numa região privilegiada em clima e altitude. Temos também uma equipe de colaboradores comprometida”, comentou Cândido.
O produtor se orgulha de ser o único a vencer o concurso por duas vezes, contanto também com as edições realizadas em outros dez países.
“Ano passado, vendermos um lote de 16 sacas do café campeão por valor recorde na cafeicultura brasileira, de R$ 16.600 a saca”, contou.
E nem só a família Rigno tem o produto valorizado na região de Piatã. “Os outros produtores locais acabam se beneficiando também, por causa do nosso café, vendendo o deles com valorização de até 100%”, disse.
Para Antoni Rigno, o destaque que a família vem obtendo no Cup of
Excellence se deve ao fato de a região possuir excelente microclima boa altitude.
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