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Maracás - Bahia

Maracás é um município brasileiro situado no estado da Bahia, na Mesorregião do Centro-Sul Baiano. conta com a população de aproximadamente 24.615 habitantes. Destes, cerca de 38% vive na zona rurallocalizada na região econômica do sudoeste da Bahia, na mesorregião do Centro-Sul Baiano e na microrregião de Jequié, a 365 km de Salvador.

Situada a uma altitude de 976 metros, medida na sede do município, tem como ponto mais elevado o Morro da Contagem, com mais de 1.295 metros.

História

História

A primeira penetração no território do município de Maracás se deu em 1659, quando bravos bandeirantes portugueses, subindo o rio Paraguaçu e tomando o rumo da Serra geral, deram combate aos indígenas e assentaram residência na região, povoando-a.

 

Precisamente no local que se ergue, atualmente, a sede municipal encontrava-se o aldeamento principal da tribo dos maracás, índios guerreiros, valentes, persistentes na luta e seguros no golpe. Assim eram considerados devido a um instrumento de guerra que usavam e nunca se separavam e que consistia em um cilindro oco, de madeira leve e fina, cheio de pedras miúdas e tapado nas duas extremidades, objeto de nome Maracás.

 

Em 1653, sentindo o governo da Bahia a necessidade de abertura de estradas para Camamu, Maraú, Rio de Contas, Jacuípe, Jiquiriça e Jacobina, passou a atender aos pedidos dos bandeirantes no sentido de irem mais para o centro em busca das férteis terras do Orobó. O desbravamento da região, entretanto, vinha se desenrolando lentamente  e com muito sofrimento em virtude das duras lutas mantidas com os indígenas, vitoriosos na maior parte das vezes. Resolveu, então, o governador da Bahia solicitar o auxílio e a ajuda direta dos paulistas, tendo remetido proposta sobre o assunto às Câmaras de São Vicente e São Paulo.

 

Em 1671, foi reiniciada uma ação decisiva contra os selvagens, cabendo aos sertanistas Baião Parente, Brás Rodrigues Arcão, sargento-mor Pedro Gomes e Gaspar Rodrigues. Adorno, este o mais afamado bandeirante baiano, chefiava a luta contra os índios maracás. Derrotados os indígenas, passaram assim os bandeirantes a ter direito sobre as terras conquistadas e sobre os índios aprisionados. Entra também em ação, em 1673, frei Antônio da Piedade, na catequese dos íncolas, fazendo-os abandonarem os seus primitivos hábitos e abraçarem com interesse os trabalhos agrícolas.

 

Com a chegada dos bandeirantes e da fama de ser o local um ótimo pouso, com pastagens verdejantes e terras de primeira qualidade para a agricultura, resultou o povoamento da sede que se irradiou, mais tarde, por todo o município, além das margens dos grandes rios Paraguaçu, de Contas e Jiquiriça.

Posteriormente, quando mais acentuado era o progresso da localidade, foi marcado um local exato para a fixação das novas residências, tendo a Sra. Maria da Paixão doado uma légua quadrada de sua fazenda denominada Água Fria para a edificação de uma capela sob a invocação de Nossa Senhora das graças, surgindo, definitivamente, neste ponto, a atual cidade de Maracás. 

 

A capela foi elevada à categoria de freguesia pela  desde 25 de maio de 1842. A partir desta data já apresentava condições excepcionais de capacidade para a vida política e para a autonomia administrativa.

Em 19 de abril de 1855, foi criado o município de Maracás com território desmembrado do de Santa Isabel do Paraguaçu, atualmente Mucugê, ocorrendo sua instalação a 05 de janeiro de 1856.

Em 13 de agosto de 1880, criou no município o distrito de Jequié, em, de 10 de julho de 1887, foi desmembrado e elevado à categoria de vila e município.

Em  25 de agosto de 1898, foi criado o distrito de Machado Portela, em  28 de junho de 1899, foi desmembrado e elevado à categoria de vila e município. Em 28 de agosto de 1901, o município de Machado Portela voltando a condição de distrito de Maracás.No Decreto estadual de 18 de setembro de 1901, diz também respeito à extinção do referido município. Em 30 de julho de 1910, a sede municipal recebeu foros de cidade.

 

O município de Maracás, na divisão administrativa do Brasil, concernente ao ano de 1911, é formado pelos distritos de Maracás e Machado Portela e na relativa a 1933 aparece acrescido de mais um distrito, o de Serra da Boa Vista.

Segundo as divisões territoriais datadas de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937 em 30 de março de 1938; Maracás se divide em cinco distritos: Maracás, Machado Portela, Tamburi, Três Morros e Barra da Boa Vista (ex-Serra da Boa Vista).

 

No quadro em vigor no qüinqüênio 1939-1943, em, de 30 de novembro de 1938, o município figura com a seguinte constituição distrital: Maracás, Juraci (ex-Machado Portela), Tamburi, Três Morros e Vista Alegre (ex-Serra da Boa Vista).

Em 31 de dezembro de 1943, para vigorar no período de 1944-1948, e retificado em 01 de junho de 1994, Maracás permanece composto de 5 distritos: o da sede e os de Ibitiguira (ex-Vista Alegre), Juraci, Tamburi e Três Morros. Presentemente, o município está formado apenas pelo distrito sede: Maracás.

 

Cultura

Cultura

São João

Com seu já tradicional tema São João Quente na Terra do Frio, o município de Maracás, realiza os festejos juninos, que acontece na Praça Rui Barbosa, que, nesta época, muda o nome para Praça do Forró. Ornamentada com motivos juninos, como bandeirolas e balões, o espaço ganha uma decoração que se espalha por algumas ruas centrais da cidade, além de barraquinhas de comidas e bebidas típicas da época junina.

 

Além de atrações musicais, moradores e visitantes vão poder se divertir com as tradicionais brincadeiras juninas e assistir às apresentações de quadrilhas e de casamento matuto.

Biografias

Biografias
Clóvis Pereira

Clóvis Pereira da Fonseca

Clóvis Pereira da Fonseca, nasceu em Maracás, Bahia em 28 de março de 1938. Formou-se em magistério em 1970, foi cinco vezes vereador, duas vezes Secretario Municipal, Administração e Educação e vice-prefeito, num mandato de seis anos. Ocupou ainda cargo de Curador da Justiça por um período de dez anos. É professor de história do Colégio Normal Municipal de Maracás, e Ministro Extraordinário da Palavra da Paróquia de Nossa Senhora das Graças. Escreveu vários folhetos de cordéis, dentre eles João e Denise, O Mundo na Era da Bossa Nova, a Discussão do Baiano com o Paulista, o Gigante do Arobé e Sucessão Administrativa e Atualmente Ocupa uma cadeira na Academia Regional de Letras e Artes.

Elvirá Sá

Elvira Sá

Elvira Sá, professora leiga, nasceu em Maracás-Bahia, em 08/08/1919 e faleceu também nesta cidade em 11/08/1992. Era de família tradicional, filha do Sr. Nestor Sá e Dona Evangelina Portela Sá. Seu pai veio a falecer quando ela contava apenas com seis anos de idade, deixando quatro filhos. Era ela a terceira filha. Com oito anos de idade, foi matriculada na escola pública e concluiu os estudos com a professora Corina Torres Galindo, recebendo o seu diploma com a nota máxima (que era naquele tempo designada distinção). Continuou com a vocação de professora indo para a Fazenda Nova com sua mãe, onde dava aulas para as amigas.

Ainda bem jovem, demonstrou grande vocação pelos estudos, especialmente pela música e poesia. Com 16 anos de idade, encontra o Sr. Antenor Morbeck do Nascimento, lavrador, com o qual ficaram noivos. Aos 18 anos de idade, casou-se no civil e no religioso, em Maracás, no dia 27/11/1938. Foram morar na Fazenda Lagoa dos Homens, neste município, a qual eram proprietários. Lá nasceram seus dezenove filhos. Criou-os e educou-os com muita dedicação. Já aposentada por tempo de serviço e com os filhos já praticamente criados, retorna à Maracás, para que os filhos prosseguissem os estudos. Era católica, apostólica e romana, fazia parte do Apostolado do Coração de Jesus e era devota de Maria Santíssima. Chegou a palestrar em novenário das festas da Padroeira Nossa Senhora das Graças e do Co-padroeiro São Roque. Em 10 de fevereiro de 1980, na gestão do Sr. Jaime Miranda Portela, participou juntamente com outros concorrentes do Concurso para Criação do Hino à Maracás. Viveu a maior emoção da vida, sendo gratificada ao saber que o seu Hino foi o escolhido e oficializado.

 

(Texto disponibilizado pela família de Elvira Sá. Este material consta na Creche Elvira Sá Nascimento, localizada na Praça Rui Barbosa, Centro, Maracás-Ba). (Fonte: Blog da SEMEC).

 

 

 

MENSAGEM A MANA ELVIRINHA

 

Meus amigos! Nem sei como começar a falar de minha querida irmã Elvira. Todos vocês a conheciam muito bem, através do seu talento e da sua inteligência. Foi uma criatura como bem poucas em nossa cidade, pois em nossa cidade, naquela época , na sua juventude, não havia possibilidade de um bom colégio, para que ela expandisse e desenvolvesse a sua capacidade intelectual. Mas, aí teria a desculpa, de bons colégios e bons mestres. O seu mérito está aí. Foi uma boa mãe, educou os próprios filhos, residindo em uma fazenda. Vieram para a cidade, ingressaram no Colégio e fez deles moças e rapazes inteligentes e capazes de realizar qualquer trabalho importante, como: professora, enfermeira, funcionário de Banco e funcionário de firmas em grandes cidades. E nem só isso, meus amigos! Quantos alunos ela preparou aqui na cidade, para que ingressassem no colégio! Na minha adolescência, ela foi para mim uma segunda mãe. Nunca esqueci e nem deixei de falar com os meus sobrinhos e meus filhos, o que devo a ela! A escola pública que eu tive, foi o primeiro e o quarto ano primário. No intervalo do 1º ao 4º, aprendi tudo com ela, sempre na fazenda. Quando voltamos em 1938, ano em que ela se casou, eu fiz um teste e fui aprovada em todas as matérias e passei para o 4º ano. Me ensinou a costurar, bordar e a fazer muitos trabalhos artesanais. Por isso que eu digo, meus amigos, que perdemos esta admirável criatura, mas com o orgulho de termos dado um grande exemplo de vida. Sempre alegre e cheia de criatividade, poetisa, compositora, além de outras, foi a autora do Hino da nossa cidade de Maracás. Que Deus a tenha em seu Reino de Amor e Paz! Que dê ao seu esposo, filhos e netos, a lembrança sempre carinhosa e o conforto, para superar esta ausência.

Em: 12/08/1992

(Homenagem à Helená Sá - irmã de Elvira Sá)

Como Chegar

Partindo de Salvador pela BR-324, sentido Feira de Santana, seguir pela BR-116, passando por Itatim e Milagres; daí, seguir até o entroncamento da BA-026, entrando à direita e passando por Itiruçu, Lajedo do Tabocal, até Maracás, via BR-116.

Av. Dr João Pessoa, s/n 

Maracás /BA

Rua Pricipal, s/n 

Ibicoara /BA

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Tel: (73) 99131-5576

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